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Consequências mercadológicas e esportivas

Texto por: Nayara De Stefani | Colaboradora do Blog Soul Brasil Esportes


Na última semana o mundo dos esportes começou a ser atingido em cheio pelo efeitos do Coronavírus. Com a oficialização da Pandemia por parte da OMS, iniciou-se um efeito cascata de adiamentos, cancelamentos e eventos com portões fechados.


O efeito já é sentido no Brasil (ainda em proporções mínimas) com a realização do UFC Brasília sem público, no próximo dia 14. Além das óbvias implicações financeiras que alterações em eventos desse porte causam, é preciso considerar o bem estar de lutadores e equipes envolvidas no evento. É evidente que um eventual cancelamento afetaria demais os atletas, que passam meses se preparando para demonstrar seu trabalho na principal organização de MMA do mundo, mas boa parte dos lutadores estavam treinando nos EUA, país bastante afetado pelo surto de Covid-19. Continuar com evento não representaria um risco para atletas e pessoal envolvido em toda a produção do UFC? Por enquanto o evento está mantido.


Provavelmente aspectos financeiros têm sido levados em conta em alguns casos, uma vez que o impacto de mercado é gigantesco. Somente a suspensão da NBA deve deixar de movimentar cerca de U$2 bi, segundo análise de Scott Kaplan, Ph.D. em economia aplicada na Universidade da Califórnia, divulgada pelo site USA Today. Para Scott, isso deve interferir até mesmo no salário das estrelas, já que o teto salarial deve diminuir.


Na Fórmula1, após o cancelamento da abertura da temporada na Austrália e adiamento do GP da China, mais duas provas foram adiadas - Bahreim e Vietnãm. Assim, o que seriam as 4 primeiras rodadas do Campeonato Mundial ainda não possuem previsão de acontecer.


A ATP já anunciou o cancelamento de todos os torneios pelas próximas 6 semanas, impactando diretamente torneios de grande pontuação para o ranking, como os Masters 1000 de Indian Wells e Miami. Novak Djokovic poderia ampliar sua vantagem no Ranking de simples. Dependendo dos resultados, Rafael Nadal poderia voltar ao topo. Dominic Thiem, atual 3º colocado, é quem mais perderá pontos, pois defenderia o título em Indian Wells. Mas certamente os maiores impactados serão os tenistas com baixa pontuação no ranking, que disputam torneios de menor expressão e dependem muito das premiações para se manterem no circuito. Além, é óbvio, da pontuação para subirem no ranking, conseguirem mais destaque e patrocínios.


No futebol, esporte mais afetado pelo Covid-19 até o momento, as consequências para os atletas devem chegar com força com a retomada do calendário. Ou torneios continentais serão sumariamente cancelados, ou os atletas enfrentarão grandes maratonas para competir em todas os campeonatos a serem remarcados.

As principais ligas de futebol do mundo já suspenderam a temporada. O único país, dentre os grandes do futebol, que continua com os jogos normalmente é o Brasil. Nem mesmo uma pandemia foi capaz de parar o famigerado calendário do futebol brasileiro.


Cabe lembrar que ontem o VP de Embaixadas e Consulados do Flamengo, Maurício Gomes de Mattos, testou positivo para o Coronavírus. Ele esteve em uma comitiva do clube que foi à Espanha na semana passada, visitando clubes como Real Madrid e Barcelona. O presidente Rodolfo Landim também estava nessa comitiva. Resta saber se ocorreu contato com jogadores e/ou comissão técnica após o retorno.

As consequências financeiras e esportivas em todas as modalidades são grandes e preocupantes, mas nada deve se sobrepor à saúde e bem estar de atletas e da população como um todo.

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