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Rita de Camargo: a esgrimista com passagem por Mundiais e Sul-Americanos

Atualizado: 13 de jun. de 2023

Com passagem por Mundiais, Sul-americanos e Campeonatos Nacionais, a esgrimista Maria Rita de Camargo se tornou usuária da plataforma Soul Brasil Esportes. A atleta conversou com a Soul para contar sobre essa nova experiência.


Vale lembrar que a plataforma permite que os usuários aprofundem seus conhecimentos sobre os próprios treinos, competições, lesões, saúde mental e física. Com as ferramentas já disponíveis gratuitamente, quem escolher aderir pode planejar os próximos passos no esporte. Por enquanto, o acesso pago é um produto exclusivo para a esgrima.



Qual a sua trajetória como atleta?


Maria Rita: Eu comecei a esgrima em 2005. Em uma ocasião, no fim de 2004, assisti meu irmão em uma competição e achei muito legal. Para mim era particularmente um desafio. Mesmo sendo muito estimulada desde cedo a fazer esportes pela minha mãe, eu tinha uma série de dificuldades motoras. Eu vi aquilo como uma maneira de me superar e ficar melhor coordenada.


No meu primeiro ano eu fiz florete e eu não gostava. Na época meu técnico era o Marcos Cardoso, ele que me iniciou na esgrima. Eu pedi para mudar de arma esperando que ele me colocasse no sabre, mas ele me botou na espada e eu fiquei muito frustrada. Achava a espada péssima, lenta e chata. Mas eu tentei e logo me destaquei. Joguei nas competições paulistas, principalmente as de nível regional. Nas competições nacionais as meninas jogavam muito melhor e por isso eu queria me superar, cada vez treinava mais. Em 2013 por uma série de razões eu acabei me cansando da esgrima. Tentei fazer pentatlo moderno, já que uma das modalidades é a esgrima, e foi uma experiência muito boa pra mim, tanto como atleta quanto profissionalmente. Também passei pelo triatlo.


Em 2018 eu decidi retornar para a esgrima e voltei a competir mesmo em 2021. Foi um ano em que eu não fiz todas as provas, por causa da pandemia. A Soul entrou justamente nesse momento, eu até mudei meu nome de competição. Eu jogava como Maria Rita Rodrigues e a partir do final do ano passado eu passei a usar o sobrenome da minha mãe. Foi uma maneira de prestar homenagem a ela. Na espada tem atletas mais velhos e eu percebo que ainda tenho muita vela para queimar. Hoje também entendo a importância de você ter o acompanhamento periodizado e ter esses dados.


Qual foi o ponto de virada da carreira até aqui?


Maria Rita: Eu acho que o momento chave foi uma competição pela seleção brasileira, quando eu senti a dimensão do negócio. Tive várias competições da seleção de base, mas em particular a Universíadas de Verão de 2011 foi muito importante na minha carreira. Universíadas são jogos universitários nível Jogos Olímpicos, guardadas as suas devidas proporções. Junto comigo tinham atletas que depois foram medalhistas em Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos. Arthur Zanetti estava iniciando na Universíadas. A Etiene Medeiros da natação, que depois foi campeã mundial. A competição foi em Shenzhen, na China, e ficar em Vila me deu aquele estalo, me fez querer chegar mais longe.


Como você faz para organizar suas metas e objetivos na carreira?

Maria Rita: Quando eu era mais nova eu nunca tive essa preocupação. A organização veio com a maturidade, principalmente com a minha formação. Existe toda essa parte de periodização, treinamento, planejamento de carreira. Eu lembro que quando era mais nova eu queria ir aos Jogos Olímpicos de 2016, mas eu não tinha um plano e sem um plano é muito difícil. E foi uma das coisas que me animou.


No começo do plano eu não tinha as etapas bem definidas. No primeiro fracasso eu conseguia ver o processo. Hoje eu entendo que a organização é essencial. Em 2020 eu cheguei a fazer um planejamento com o meu técnico antes da pandemia e definir as metas para aquele ano. Hoje, além de definir as metas com o meu técnico, eu também tenho as minhas metas próprias. Eu tenho metas anuais, além de metas para daqui a cinco anos e para daqui a dez anos. Elas estão sempre conectadas com as minhas metas a médio prazo, que são as anuais, e também com as de curto prazo.



Como a Soul está fazendo diferença na sua carreira como atleta?


Maria Rita: Eu estou gostando muito, principalmente o dashboard é muito legal para acompanhar os resultados. Foi importante ver justamente essa questão da mudança do meu nome e poder visualizar meu potencial crescendo. Nas competições eu posso acompanhar o coeficiente de sucesso, número de participantes que a gente tem na prova e a minha colocação. Conseguimos ver o processo com mais clareza e até as competições mais antigas que eu registrei é legal poder acompanhar. Isso reforça a sua meta, você passa a olhar o processo ao invés do resultado.


Uma outra função que eu gosto é o Diário do Atleta, que está disponível gratuitamente. Eu comecei a usar por conta do diário, percebi que era legal e quis assinar. É interessante também justamente para acompanhar o processo. Tem treinos que são muito ruins e você pensa estar piorando, mas ao olhar o diário você percebe que aquele é um recorte muito pequeno do processo que você está. Então você vê que aquele dia está ruim, mas você está evoluindo. O aplicativo acaba facilitando a minha vida, porque eu tentava fazer o mesmo pelo Excel e hoje esse acompanhamento do Diário do Atleta tem isso automatizado, fica mais fácil.


Como a Soul pode ajudar no seu esporte?


Maria Rita: É útil para todos os esportes. Para a esgrima eu acho muito interessante por você poder inserir a sua lateralidade e a sua arma. Tem pessoas que jogam com duas armas, neste caso dá para você fazer o acompanhamento simultâneo. Mas eu acho que é interessante para qualquer modalidade de verdade.

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